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28 de fevereiro de 2010



Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mãos incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natal como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Um dia um garoto de 12 anos entra num bordel arrastando um gato morto por um barbante.
Ele coloca uma nota de 50 no balcão e diz:
- Quero uma mulher!
A cafetina, olhando para ele, responde:
- Você não acha que é um pouco jovem para isso?
Ele baixa uma segunda nota de 50 no balcão e repete:
- Quero uma mulher!
- Tá certo, - responde ela. -  Senta aí que vem uma dentro de meia hora.
Ele põe outra nota de 50:
- Agora! E ela tem que ter gonorréia! A cafetina começa a perguntar por que, mas ele deixa mais uma nota de 50 e repete:
- Gonorréia! Alguns minutos depois chega uma mulher.. Eles sobem a escada (ele arrastando o gato morto).
No quarto ela faz seu trabalho...Quando eles estão saindo, a cafetina pergunta:
- Tudo bem, mas por que você queria alguém com gonorréia?
- Quando eu voltar para casa, eu vou transar com a babá, e quando o papai voltar para casa, ele vai levar a babá para casa dela e vai transar com ela. Quando ele voltar para casa, vai transar com a mamãe e amanhã de manhã, depois que o papai sair para o trabalho, a mamãe vai transar com o leiteiro.
O leiteiro é o filho da puta que atropelou meu gato!!
ENTENDEU O QUE É PLANEJAMENTO ?
Planejamento é aquilo que fode com todo mundo para se atingir um objetivo.

27 de fevereiro de 2010

Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.

26 de fevereiro de 2010


Leia Salmo 27

Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. Salmo 62.8
Comecei a orar no dia em que meu pai me disse que estava indo embora e nunca mais voltaria para casa. Eu tinha oito anos e fiquei arrasado. Naquela noite, iniciei um ritual noturno que durou muitos meses. Eu subia na cama de cima do beliche, puxava as cobertas sobre minha cabeça e sussurrava: "Deus, por favor, traga meu papai para casa". Você já ouviu crianças orarem? Elas não tentam impressionar Deus com um discurso elegante ou com aspecto de santidade. Para as crianças, a oração é uma conversa direta com Deus, que ouve e Se preocupa. Ao crescermos, muitos de nós perdemos a simplicidade da oração. Nós a transformamos em uma rotina diária automática. Mas a oração, em sua forma mais pura, ocorre quando os filhos e filhas de Deus, não importa quão jovens ou velhos, derramam seus corações a um Pai celestial que está sempre ouvindo. Nós podemos clamar a Deus na noite dos nossos temores. Deus ouve os sussurros mais abafados de nosso coração. Deus é nosso Pai. Quando a escuridão nos envolve, Ele nos convida a puxar as cobertas e derramar nosso coração. Eu aprendi que Deus nem sempre responde a nossas orações do modo como gostaríamos. Meu pai nunca voltou para casa. Mas, debaixo das cobertas, em muitas noites de pranto, aprendi a clamar Àquele a quem a Bíblia chama de Abba - "Pai". Eu me senti abandonado, mas não só.

Oração: Deus, quando estivermos sós, fica conosco. Quando sofrermos, consola-nos. Em nome de Jesus. Amém.


Pensamento para o dia: Deus está sempre conosco.

Meditação escrita por Dennis King (Nova York, EUA)

Oremos pelas crianças que estão aprendendo a orar.

25 de fevereiro de 2010

Leia Jeremias 29.4-7


E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12.2
Com frequência, sinto-me oprimido por sentimentos de inadequação e incerteza, principalmente quando reflito se estou ou não seguindo a vontade de Deus para minha vida. O que eu deveria estar fazendo para o Senhor? Quando deveria fazer isso? Onde? Como? Quando me concentro em minhas dúvidas e temores, sinto-me emocionalmente paralisado. Isso me impede de participar plenamente da vida. Ao refletir sobre Jeremias 29.4-7, atentei para a frase: "Todos os exilados que eu deportei" (v. 4). Ela me fez perceber que eu também estou exilado e que o próprio Senhor me colocou onde estou. Essa associação pessoal me ajudou a me identificar com a passagem bíblica e compreender sua aplicação em minha vida. Hoje, em vez de me preocupar com a dúvida e o medo, tenho certeza de que estou onde Deus quer que eu esteja. Meu chamado é claro: desenvolver relacionamentos pessoais significativos, buscar construir o reino de Deus por meio do testemunho fiel e orar e trabalhar pela prosperidade de minha comunidade.

Oração: Senhor, ajuda e guia cada um e cada uma de nós enquanto nos esforçamos para fazer Tua obra dentro de nossas comunidades. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia:
Quando olharmos e ouvirmos, veremos e escutaremos Deus.


Meditação escrita por Chuck Hudspath (Illinois, EUA)


Oremos
para tornar clara a vontade de Deus.

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinho na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como "este foi difícil"
"prateou no ar dando rabanadas"
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

24 de fevereiro de 2010

oracaoe
Leia Isaías 41.8-20

O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão. Salmo 37.23-24

Nós passamos por várias experiências desafiadoras e difíceis em nossa vida. Recentemente, divorciei-me. Ainda está sendo muito dolorido. Um dos meus quatro irmãos, vendo minha dor, sugeriu que, num feriado de Carnaval, eu passasse por uma experiência desafiadora em uma trilha de arvorismo. Este é considerado um esporte radical, no qual se explora o rapel, a escalada e há muitas trilhas altíssimas. Em muitas delas, há somente um cabo de aço para pôr as mãos e outro para os pés. Iniciei a minha "prova" de sobrevivência. Havia um treinamento para todas as pessoas que se submetem ao arvorismo. São ensinadas normas de conduta de segurança e é executada uma prova de altura. Passada a prova, entramos na trilha, munidos de cintos e cordas, roldanas e um instrumento fundamental para a nossa proteção: o mosquetão, que nos unia aos cabos de aço para prevenir as quedas. Em um dado momento, eu estava suspensa pelas mãos e pés sobre um cabo. Nada mais havia abaixo de mim. Se não fosse o mosquetão, que me unia às roldanas e ao cabo de segurança, eu correria o risco certo de despencar. Assim me sinto em relação a Deus, nossa âncora de segurança nas horas de aflição. Ele nos prende firmemente ao nosso cabo de aço da vida e não nos deixa despencar. Louvado seja o nosso Deus e Pai, pela segurança e amor que nos dá!

 

Oração: Senhor, obrigada por nos sustentares nos momentos mais difíceis de nossa vida. Em nome de Jesus, amém.


 

Pensamento para o dia: Que o dia de hoje seja um desafio para nós.

 

Meditação escrita por Vera de Oliveira Coelho de Souza (Americana, SP, Brasil)

 

Oremos pelos bombeiros e bombeiras e pelas equipes de resgate.

23 de fevereiro de 2010

No pequeno museu sentimental
os fios de cabelo religados
por laços mínimos de fita
são tudo que dos montes hoje resta.
Visitados por mim, montes de Vênus.

Apalpo, acaricio a flora negra,
e negra continua, nesse branco
total do tempo extinto
em que eu, pastor felante, apascentava
caracóis perfumados, anéis negros,
cobrinhas passionais, junto do espelho
que com elas rimava, num clarão.

Os movimentos vivos no pretérito
enroscam-se nos fios que me falam
de perdidos arquejos renascentes
em beijos que da boca deslizavam
para o abismo de flores e resinas.

Vou beijando a memória desses beijos
À meia-noite, pelo telefone,
conta-me que é fulva a mata do seu púbis.
Outras notícias
do corpo não quer dar, nem de seus gostos.
Fecha-se em copas:
"Se você não vem depressa até aqui
nem eu posso correr à sua casa,
que seria de mim até o amanhecer?"
Concordo, calo-me.
Eu sofria quando ela me dizia: "Que tem a ver com as calças, meu querido?"
Vitória, Imperatriz, reinava sobre os costumes do mundo anestesiado e havia palavras impublicáveis.
As cópulas se desenrolavam - baixinho - no escuro da mata do quarto fechado.
A mulher era muda no orgasmo. "Que tem a ver..." Como podem lábios donzelos mover-se, desdenhosos, para emitir com tamanha naturalidade o asqueroso maravilhoso? A tal ponto que, abrindo-se, pareciam tomar a forma arrendondada de um ânus.
A noite era mal dormida. A amada vestida de fezes puxava-me, eu fugia, mãos de trampa escorregante acarinhavam-me o rosto. O pesadelo fedia-me no peito.
O nojo do substantivo - foi há trint'anos -
ao sol de hoje se derrete. Nádegas aparecem em anúncios, ruas, ônibus, tevês.
O corpo soltou-se. A luz do dia saúda-o,
nudez conquistada, proclamada.
Estuda-se nova geografia.
Canais implícitos, adianta nomeá-los? Esperam o beijo do consumidor-amante, língua e membro exploradores.
E a língua vai osculando a castanha clitórida,
a penumbra retal.
A amada quer expressamente falar e gozar
gozar e falar
vocábulos antes proibidos
e a volúpia do vocábulo emoldura a sagrada volúpia.
Assim o amor ganha o impacto dos fonemas certos
no momento certo, entre uivos e gritos litúrgicos,
quando a língua é falo, e verbo a vulva,
e as aberturas do corpo, abismos lexicais onde se restaura
a fae intemporal de Eros,
na exaltação de erecta divindade
em seus templos cavernames de desde o começo das eras
quando cinza e vergonha ainda não haviam corroído a inocência de viver.
Ó tu, sublime puta encanecida,
que me negas favores dispensados
em rubros tempos, quando nossa vida
eram vagina e fálus entrançados,

agora que estás velha e teus pecados
no rosto se revelam, de saída,
agora te recolhes aos selados
desertos da virtude carcomida.

E eu queria tão pouco desses peitos,
da garupa e da bunda que sorria
em alva aparição no canto escuro

Queria teus encantos já desfeitos
re-sentir ao império do mais puro
tesão, e da mais breve fantasia.
"Esta faca
foi roubada no Savóia"
"Esta colher
foi roubada no Savóia"
"Este garfo..."

Nada foi roubado no Savóia.
Nem tua virgindade: restou quase perfeita
entre manchas de vinho (era vinho?) na toalha,
talvez no chão, talvez no teu vestido.

O reservado de paredes finas
Forradas de ouvidos
e de línguas
era antes prisão que mal cabia
um desejo, dois corpos.

O amor falava baixo. Os gestos
falavam baixo. Falavam baixíssimo
os copos, os talheres. Tua pele
entre cristais luzia branca.

A penugem rala
na gruta rósea
era quase silêncio.
Saíamos alucinados.

No Savóia nada foi roubada.

A outra porta do prazer,
porta a que se bate suavemente,
seu convite é um prazer ferido a fogo
e, com isso, muito mais prazer.
Amor não é completo se não sabe
coisas que só amor pode inventar.
Procura o estreio átrio do cubículo
aonde não chega a luz, e chega o ardor
de insofrida, mordente
fome de conhecimento pelo gozo.
Quando desejos outros é que falam
e o rigor do apetite mais se aguça,
despetalam-se as pétalas do ânus
à lenta introdução do membro longo.
Ele avança, recua, e a via estreita
vai transformando em dúlcida paragem.
Mulher, dupla mulher, há no teu âmago
Ocultas melodias ovidianas.
Sugar e ser sugado pelo amor
no mesmo instante boca milvalente
o corpo dois em um gozo pleno
que não pertence a mim nem te pertence
um gozo de fusão difusa transfusão
o lamber o chupar o ser chupado
no mesmo espasmo
é tudo boca boca boca boca
sessenta e nove vezes boquilíngua.
A língua francesa
desvenda o que resta
(a fina agudeza)
da noite em floresta.
Mas sem esquecer,
num lance caprídeo,
de ler e tresler
a arte de Ovídio.
Mimosa boca errante
à superfície até achar o ponto
em que te apraz colher o fruto em fogo
que não será comido mas fruído
até se lhe esgotar o sumo cálido
e ele deixar-te, ou o deixares, flácido,
mas rorejando a baba de delícias
que fruto e boca se permitem, dádiva.
Boca mimosa e sábia,
impaciente de sugar e clausurar
inteiro, em ti, o talo rígido
mas varado de gozo ao confinar-se
no limitado espaço que ofereces
a seu volume e jato apaixonados,
como podes tornar-te, assim aberta,
recurvo céu infindo e sepultura?
Mimosa boca e santa,
que devagar vais desfolhando a líquida
espuma do prazer em rito mudo,
lenta-lembente-lambilusamente
ligada à forma ereta qual se fossem
a boca o próprio fruto, e o fruto a boca,
oh chega, chega, chega de beber-me,
de matar-te, e, na morte, de viver-me.
Já sei a eternidade: é puro orgasmo.
São flores ou são nalgas
estas flores
de lascivo arabesco?
São nalgas ou são flores
estas nalgas
de vegetal doçura e macieza?

Estou alegre e o motivo
beira secretamente à humilhação,
porque aos 50 anos
não posso mais fazer curso de dança,
escolher profissão,
aprender a nadar como se deve.
No entanto, não sei se é por causa das águas,
deste ar que desentoca do chão as formigas aladas,
ou se é por causa dele que volta
e põe tudo arcaico, como a matéria da alma,
se você vai ao pasto,
se você olha o céu,
aquelas frutinhas travosas,
aquela estrelinha nova,
sabe que nada mudou.
O pai está vivo e tosse,
a mãe pragueja sem raiva na cozinha.
Assim que escurecer vou namorar.
Que mundo ordenado e bom!
Namorar quem?
Minha alma nasceu desposada
com um marido invisível.
Quando ele fala roreja
quando ele vem eu sei,
porque as hastes se inclinam.
Eu fico tão atenta que adormeço
a cada ano mais.
Sob juramento lhes digo:
tenho 18 anos. Incompletos.

As galinhas com susto abrem o bico
e param daquele jeito imóvel
- ia dizer imoral -
as barbelas e as cristas envermelhadas,
só as artérias palpitando no pescoço.
Uma mulher espantada com sexo:
mas gostando muito.

22 de fevereiro de 2010

Leia Lucas 10.38-42
Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força. Isaías 30.15

O cavalo estava correndo rápido demais. Ao tentar controlá-lo, ele pisou em falso à esquerda e balançou sobre os cascos da frente. O movimento brusco me levantou da sela e me jogou para trás. Gritei de dor, certo de ter quebrado alguma coisa. Conseguindo me levantar da sela, fiquei parado, desajeitadamente, no meio da arena de rodeio por alguns momentos. Mais tarde, naquela noite, um raio-X revelou o ferimento - os ligamentos na base da minha pélvis tinham se rompido. Eu precisaria de três a seis meses de descanso e recuperação. Para uma pessoa que gosta de atividade, tal prognóstico era má notícia. Nos dias seguintes, debati-me com sentimentos de desânimo, raiva, frustração e até de inutilidade. Mas a misericórdia de Deus me dominou um dia, enquanto eu chafurdava em autopiedade. De repente, comecei a agradecer a Deus pelas bênçãos infinitas em minha vida. Lágrimas inundaram meus olhos conforme minha lista de bênçãos crescia. Eu tenho muito pelo que ser grato. Deus estava me ensinando muitas coisas por causa da minha condição. Eu estava aprendendo a reduzir meu ritmo e descansar em Cristo. Deus me lembrou de que meu valor não está em nada do que eu possa ou não fazer, mas no sacrifício de Jesus e no bondoso amor de Deus por mim.

Oração: Ó Deus, que nossa correria nunca nos deixe sem tempo para Ti. Quando nos sentirmos frustrados, até mesmo inúteis, volta nosso olhar para a cruz de Jesus e Seu sacrifício por nós. Em nome de Jesus. Amém.
Pensamento para o dia: Ao morrer por nós, Cristo afirmou que cada um de nós é infinitamente valioso.
 
Meditação escrita por Drew Travis (Califórnia, EUA)
 
Oremos pelas pessoas cujos empregos são perigosos.

21 de fevereiro de 2010

O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.

19 de fevereiro de 2010

Um casal está no zoológico e passa pela jaula do gorila macho.
- Marcos - diz a mulher- sabia que os gorilas são os animais mais parecidos com o ser humano relativamente ao seu comportamento? Olha só, vou mostrar um seio meu e aposto que se vai excitar como um homem. Maria mostra o seio e o gorila começa a ficar excitado e a mover as barras da jaula.
- Viu? - diz a mulher - os homens são iguaizinhos a eles, não conseguem controlar os seus instintos animais.
E Marcos diz-lhe:
- Agora lhe mostra os dois seios, para ver o que acontece.
A mulher levanta a blusa e mostra-lhe os dois seios,e o gorila ainda fica mais excitado e desesperado por sair.
Marcos diz:
- Incrível, agora desce as calças e mostra à bunda, só para ver o que se acontece!
A mulher abaixa a calça, e o gorila, completamente excitado, arrebenta as barras da jaula, sai e agarra a mulher.
- Marcos me ajuda!
E Marcos fala:
- Agora, explica pra ele:
Que hoje não está com vontade...
Que está com dor de cabeça...
Que está cansada...
Que está com dor de garganta...
Que trabalhou demais...
Que tão depressa nãooooo...
Que te entenda como mulher...
Que está deprimida...
Que está menstruada...
Que está enjoada...
Que só quer que te abrace...
Que está nervosa...
Que tem que acordar muito cedo...
Que hoje acordou muito cedo...
Que andou muito hoje...
Que está super carente e só quer carinho...
Que está muito tensa e só quer massagens de relaxamento...
Que está com vontade de ver TV...
Que não quer perder a novela...
-Aí eu quero ver se ele te entende... Isso, eu quero ver

18 de fevereiro de 2010



[O Senhor diz:] Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei. Isaías 49.15-16

Eu era bem pequena quando soube que era adotada. No entanto, foi somente na adolescência que comecei a me dar conta de que minha adoção aconteceu porque outra mulher havia me dado. Embora tenha crescido em um lar amoroso, acho que uma pequena parte de mim sempre se sentiu abandonada. Quando adulta, fui procurar minha mãe biológica, mas descobri que ela havia morrido alguns anos antes. Os tempos eram outros quando nasci e a vida não era fácil para as mães solteiras. Tenho certeza de que minha mãe biológica fez o que achou ser o melhor à época e não creio que ela tenha me esquecido. Mas, mesmo que nossos pais nos esqueçam, Deus jamais nos esquecerá. O Senhor nos ama tanto que nossos nomes estão gravados nas palmas de Sua mão. É como se nossos nomes estivessem escritos em tinta não lavável. Eu aprendi que somente Deus pode curar sentimentos de abandono e rejeição. Deus é realmente um Pai amoroso que jamais nos deixará.

Oração: Deus amado, nós Te agradecemos porque nunca nos abandonarás, nunca nos rejeitarás e nunca Te esquecerás de nós. Agradecemos-Te por nossos nomes estarem gravados em Tuas mãos. Ajuda-nos a sermos filhos e filhas amorosos conforme Tu nos criaste para ser. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia: Deus nos acolhe em uma família sustentada no amor.

Meditação escrita por Nola Passmore (Queensland, Austrália)

Oremos pelas pessoas que se sentem abandonadas.

17 de fevereiro de 2010

"Estressado com o desenvolvimento e excesso de trabalho, o chefe entrou em colapso nervoso e foi ao médico. Relatou ao psiquiatra o seu caso. O médico, experiente, logo diagnosticou ansiedade, tensão e insegurança. Disse ao paciente:
- O Sr. precisa se afastar por duas semanas da sua atividade profissional. O conveniente é que vá para o interior, se isole do dia-a-dia e busque algumas atividades que o relaxem.
Munido de vários livros, CDs e laptop, mas sem o celular, partiu para a fazenda de um amigo. Passados os dois primeiros dias, já havia lido dois livros e ouvido quase todos os CDs. Continuava inquieto. Pensou então
que alguma atividade física seria um bom antídoto para a ansiedade que ainda o dominava.
Chamou o administrador da fazenda e pediu para fazer algo. O administrador ficou pensativo e viu uma montanha de esterco que havia acabado de chegar.
Disse ao nosso Chefe:
- O Sr pode ir espalhando aquele esterco em toda aquela área que será preparada para o cultivo.
Pensou consigo: "Ele deverá gastar uma semana com essa tarefa".
Ledo engano. No dia seguinte o nosso Chefe já tinha distribuído o esterco por toda a área.
Prontamente, pediu logo uma nova tarefa.
O administrador então lhe disse:
- Estamos iniciando a colheita de laranjas. O Senhor por gentileza vá ao laranjal levando três cestos para distribuir as laranjas por tamanho - Pequenas, médias e grandes. No fim daquele primeiro dia o nosso executivo não retornou. Preocupado, o administrador se dirigiu ao laranjal. A cena que viu foi a seguinte:
Estava o nosso executivo com uma laranja na mão, os cestos totalmente vazios,falando consigo mesmo:

- Esta é grande. Não, é média. Ou será pequena?
- Esta é pequena. Não, é grande. Ou será média?
- Esta é grande. Não, é pequena. Ou será média?

Moral da estória: "Espalhar merda é fácil, difícil é tomar decisão."

Uma vez, quando eu era menina, choveu grosso
com trovoadas e clarões, exatamente como chove agora.
Quando se pôde abrir as janelas,
as poças tremiam com os últimos pingos.
Minha mãe, como quem sabe que vai escrever um poema,
decidiu inspirada: chuchu novinho, angu, molho de ovos.
Fui buscar os chuchus e estou voltando agora,
trinta anos depois.  Não encontrei minha mãe.
A mulher que me abriu a porta, riu de dona tão velha,
com sombrinha infantil e coxas à mostra.
Meus filhos me repudiaram envergonhados,
meu marido ficou triste até a morte,
eu fiquei doida no encalço.
Só melhoro quando chove.

16 de fevereiro de 2010

A poetisa traz-nos seu primeiro livro, porém não o entrega logo. Fica. estudando nossa expressão fisionômica antes de confiar-nos a suma de tantas vivências. Fala de coisas vagas, que se tornam mais vagas ainda pela indecisão da frase. Certa amiga comum nos manda lembranças. Podemos fornecer o endereço de mestre Fulano?? Parece que é difícil encontrá-lo em casa. Qual a melhor hora? As informações são prestadas, enquanto, por nossa humilde vez, inspecionamos a poetisa. Usa vestido elegante, sob capa elegante. É alta, morena, jovem. Um adjetivo clareia, com espontaneidade de espelho: bonita. Parece que clareou em nosso olhar, pois ela baixa a cae¬ça e contempla uma formiguinha no linóleo, onde — é claro — não passa nenhuma formiguinha. O livro continua preso na mão esquerda,sem que possamos desvendar-lhe o título: pudicamente, só aparece a brancura da contracapa. Não que haja figura ou dizeres obscenos a ocultar. A poetisa oculta sua poesia, nesse primeiro contato com o exterior. Passamos à ofensiva:
— Que é isso que você tem aí?
— Isso, quê?
— O livro.
— Nada, não. É um livro.
— Deixe ver, se não é segredo de estado!!
Não era, mas o inimigo contemporiza:
— Daqui a pouquinho.
O leitor, que acaso nos segue, achará a moça demasiado tímida ou esperta; com o nosso relativo conhecimento da alma literária, diremos que ela, ciente e emocionada, simplesmente retardava um momento irreparável: o momento em que seu livro deixaria o regaço materno para expor-se à condição de artigo-do-dia, olhado, pegado, comentado sem amor. Por isso a moca nos sondava antes de efetuar a doação. Acabou admitindo que publicara um livro; que trazia consigo um exemplar; que esse exemplar nos era destinado; mas não lhe pusera dedicatória e, conforme fosse a recepção, voltaria com a autora. Quisemos saber a razão de tamanha reserva. Desconversou, mas somos praça velha, e ouvimos o conto:
— Levei um exemplar ao Barata, colunista da “Folha”.
— Então?
— Me convidou para um “drink”.
— Que mal tem nisso, minha filha?!
— Bom... Nem olhou para o livro, olhou só para mim. Entende??
Entendíamos. — Mas o Barata, — ponderamos — não é propriamente crítico literário, e, como observa o prof. Afrânio Coutinho, há uma “big” diferença entre “reviewer” e crítico.
— Pois, sim. O Lessa é crítico e também me convidou para um “drink”. Sem abrir o livro. Será que hoje é moda beber com o autor antes de ler??
Não soubemos explicar à poetisa, e preferimos indagar se porventura os “drinks” lhe flagelam o fígado. Ela sorriu. — Eu adoro um “alexander”, um “cuba libre”. Mas pensei que não fosse preciso tomá-lo para merecer um julgamento ou uma notícia.
Tranqüilizamo-la a nosso respeito: não escrevemos sobre livros, não freqüentamos bares, não a convidaríamos a drincar. Parece que a assustou um pouco nossa austeridade romana, se é que não vislumbrou nisso um truque novo. Afinal, o braço moveu-se, o livro foi entregue. Sem dedicatória.
— Não vai escrever nada?? perguntamos-lhe.
— Que gostaria que eu escrevesse?
— Ah!    isso você não era capaz de escrever.
Queria oferecer-nos louvores suaves, mas temia que a interpretássemos de outro jeito; queria ser seca, não podia; natural, não podia. Então, deu-nos o livro sem dedicatória e, rapidamente, convidou-nos a tomar um “drink”.
O Papa chegou ao Brasil em missão não oficial e trouxe um motorista Negão. Ele tinha um compromisso e estava atrasado e o motorista não passava de 80 km/h. A toda hora o Papa falava pro Negão andar rápido, mas nada... Ele continuava nos 80 km/h. Aí, o Papa disse:
- Deixe que eu mesmo irei dirigindo.
O Negão foi para o banco de trás e o próprio Papa dirigia o carro a 140km/h.
Lá na frente, um policial rodoviário mandou o Papa parar e quando viu quem era, resolveu passar um rádio pro chefe dizendo:
- Chefe, peguei um cara importante voando na Dutra, o quê que eu faço?!
- Quem é... Um deputado? Perguntou o chefe.
- Não chefe, é mais importante.
- É um senador?
- Não chefe, é mais importante ainda.
- Então, é um governador de estado!
- Que nada chefe, é mais importante ainda ...
- Então só pode ser o próprio presidente!
- Chefe, é mais importante que o próprio presidente...
- Puxa, nesse caso então só pode ser o Papa!
- Que nada chefe. O Papa é apenas o motorista dele. É São Benedito!

15 de fevereiro de 2010

Janela, palavra linda.
Janela é o bater das asas da borboleta amarela.
Abre pra fora as duas folhas de madeira à-toa pintada,
janela jeca, de azul.
Eu pulo você pra dentro e pra fora, monto a cavalo em você,
meu pé esbarra no chão.
Janela sobre o mundo aberta, por onde vi
o casamento da Anita esperando neném, a mãe
do Pedro Cisterna urinando na chuva, por onde vi
meu bem chegar de bicicleta e dizer a meu pai:
minhas intenções com sua filha são as melhores possíveis.
Ô janela com tramela, brincadeira de ladrão,
clarabóia na minha alma,
olho no meu coração.

14 de fevereiro de 2010

A grande hora da chegada do Correio.
Ninguém te escreve, mas que importa?
Correio é belo de chegar.
Surge no alto da ladeira
A mula portadora de malas,
Trazendo o mundo inteiro no jornal.
O Agente do Correio está a postos
Com os filhos funcionários a seu lado.
É família postal há muitos anos
Consagrada a esse ofício religioso.
As malas borradas de lama
Com registrados e impressos
Que a chuva penetrante amoleceu
Abrem-se perante os destinatários
Como flores de lona
Vindas de muito longe.

Cada família ou firma tem sua caixa aberta
Onde se deposita a correspondência
Mas bom é recebê-la fresquinha das mãos de Sô Fernando,
Que negaceia,
Brinca de sonegar a carta urgente:
-- Hoje não tem nada pra você.
-- Mas eu vi, eu vi na sua mão.
-- Engano seu. Quer um conselho?
Vai apanhar tiziu, que está voando, lá fora.

Ver abrir a mala é coisa prima.
Traz as revistas de sábado
Com três dias de viagem morro acima
Abaixo acima, e o cheiro liso do papel
Invadindo gravuras: Duque dança,
As barbas de Irineu bolem na brisa do Senado,
E na Rússia o czar Nicolau tem o olhar vago
De quem vai ser fuzilado e ainda não sabe.

Tudo chega na hora do Correio.
A mula é mensageira do Fato,
E sabe antes de nós toda a terrestre aventura.
Mal comeu sua cota de milho,
Já prossegue rumo do Itambé,
Levando o mundo.

"Eu quero amor feinho.
Amor feinho não olha um pro outro.
Uma vez encontrado, é igual fé,
não teologa mais.
Duro de forte, o amor feinho é magro, doido por sexo
e filhos tem os quantos haja.
Tudo que não fala, faz.
Planta beijo de três cores ao redor da casa
e saudade roxa e branca,
da comum e da dobrada.
Amor feinho é bom porque não fica velho.
Cuida do essencial; o que brilha nos olhos é o que é:
eu sou homem você é mulher.
Amor feinho não tem ilusão,
o que ele tem é esperança:
eu quero amor feinho."

13 de fevereiro de 2010

_ É BOM mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?
_ Sei dizer não senhor: não tomo café.
_ Você é o dono do café, não sabe dizer?
_ Ninguém tem reclamado dele não senhor.
_ Então me dá café com leite, pão e manteiga.
_ Café com leite só se for sem leite.
_ Não tem leite?
_ Hoje, não senhor.
_ Por que HOJE não?
_ Porque hoje o leiteiro não veio.
_ Ontem ele veio?
_ Ontem não.
_ Quando é que ele vem?
_ Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes não vem. Só que no dia que devia vir em geral não vem.
_ Mas ali fora está escrito "Leiteria"!
_ Ah, isto está, sim senhor.
_ Quando é que tem leite?
_ Quando o leiteiro vem.
_ Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?
_ O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?
_ Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite SEM leite. Escuta uma coisa: como é que vai indo a política aqui na sua cidade?
_ Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.
_ E há quanto tempo você mora aqui?
_ Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos.
_ Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?
_ Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.
_ Para que Partido?
_ Para todos os Partidos, parece.
_ Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.
_ Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida...
_ E o Prefeito?
_ Que é que tem o Prefeito?
_ Que tal é o Prefeito daqui?
_ O Prefeito? É tal qual eles falam dele.
_ Que é que falam dele?
_ Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é prefeito.
_ Você, certamente, já tem candidato.
_ Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
_ Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?
_ Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí.

12 de fevereiro de 2010

Eu te gosto,
você me gostadesde dos tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigamos,morremos.

Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Depois fui mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria do meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.

Desejo, como quem sente fome ou sede,
um caminho de areia margeado de boninas,
onde só cabem a bicicleta e seu dono.
Desejo, como uma funda saudade
de homem ficado órfão pequenino,
um regaço e o acalanto, a amorosa tenaz de uns dedos
para um forte carinho em minha nuca.
Brotam os matinhos depois da chuva,
brotam os desejos do corpo.
Na alma, o querer de um mundo tão pequeno,
como o que tem nas mãos o Menino Jesus de Praga.

Não sou matrona, mãe dos Gracos, Cornélia,
sou é mulher do povo, mãe de filhos, Adélia.
Faço comida e como.
Aos domingos bato o osso no prato pra chamar o cachorro
e atiro os restos.
Quando dói, grito ai,
quando é bom, fico bruta,
as sensibilidades sem governo.
Mas tenho meus prantos,
claridades atrás do meu estômago humilde
e fortíssima voz pra cânticos de festa.
Quando escrever o livro com o meu nome
e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja,
a uma lápide, a um descampado,
para chorar, chorar e chorar,
requintada e esquisita como uma dama.

11 de fevereiro de 2010

Dentro do pacote de açúcar, Renata encontrou uma pérola. A pérola era evidentemente para Renata, que sempre desejou possuir um colar de pérolas, mas sua profissão de doceira não dava para isto.Agora vou esperar que cheguem as outras pérolas – disse Renata, confiante. E ativou a fabricação de doces, para esvaziar mais pacotes de açúcar. Os clientes queixavam-se de que os doces de Renata estavam demasiado doces, e muitos devolviam as encomendas. Por que não aparecia outra pérola?  Renata deixou de ser doceira qualificada, e ultimamente só fazia arroz-doce. Envelheceu.
A menina que provou o arroz-doce, aquele dia, quase ia quebrando um dente, ao mastigar um pedaço encaroçado. O caroço era uma pérola.  A mãe não quis devolvê-la a Renata, e disse: “Quem sabe se não aparecerão outras, e eu farei com elas um colar de pérolas? Vou encomendar arroz-doce toda semana”.


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A moça, de família, patricinha, se preparou toda para ir ao ensaio de uma escola de samba.
Chegando lá, um negão suarento e banguela pede pra dançar com ela e, para não arrumar confusão ela aceita.
Mas o negão suava tanto que ela já não estava suportando mais foi se afastando, e disse:
_ Você sua, hein!
Ele a puxou, lascou um beijo e respondeu:
_Tamém vô sê seu, princesa!
Peito e culhões: Há uma distinção médica clara. Todos ouvem falar em alguém ter peito ou ter culhões, mas você sabe REALMENTE qual a diferença entre ambos? Vamos tentar esclarecer onde eles se diferenciam:

PEITO - É chegar tarde da noite em casa, após uma balada com os amigos, e ser recebido por sua mulher segurando uma vassoura, e ter peito de perguntar: "Ainda está limpando a casa, ou vai voar para algum lugar?”.

CULHÕES - É chegar tarde da noite em casa, após uma balada com os amigos, cheirando a perfume e cerveja, batom no colarinho, e ter culhões de dar um tapa na bunda da sua mulher e dizer: "Você é a  próxima, gorducha!”.

Porém, clinicamente falando, não há diferença no resultado: ambos terminam em MORTE !
Leia Salmo 119.105-112
Os teus testemunhos,recebi-os por legado perpétuo, porque me constituem o prazer do coração. Salmo 119.111
Comecei a tocar bateria no ensino médio [antigo 2º grau]. A princípio, aprendia sozinho, ouvindo meus álbuns preferidos e tentando repetir o que ouvia. Mais tarde, fui para a faculdade e estudei música, escolhendo os instrumentos de percussão como foco acadêmico. Rapidamente, aprendi que, para me desenvolver como percussionista, precisava desenvolver padrões básicos e usá-los de modo contínuo e consistente. Quando dominados, esses padrões - os rudimentos - aparecem sutilmente no repertório do percussionista e melhoram a performance de qualquer música. Minha jornada espiritual tem sido incrivelmente semelhante à minha experiência com os tambores. Tentei viver como um cristão autodidata, apenas para fracassar dolorosamente ou estagnar e deixar de crescer. Mas cresço quando desenvolvo padrões contínuos e consistentes em minha vida espiritual, os rudimentos para uma "canção" santa. Um dos rudimentos da vida espiritual é a meditação sobre as Escrituras. Quando estou bravo, triste, confuso ou inseguro sobre como lidar com uma situação, procuro versículos bíblicos relevantes. Quando um determinado versículo tem significado especial para mim, eu o guardo na memória. Repito-o em minha mente várias vezes. Medito sobre sua mensagem ao trabalhar, comer ou realizar minhas tarefas diárias. Quando conheço os rudimentos da Escritura, vejo suas mensagens aparecerem sutilmente em meu comportamento diário. Quando isso acontece, minha música equipara-se mais à do Criador.

Oração: Deus criador, graças pela Tua palavra. Molda-nos por meio dela e ajuda-nos a desenvolver hábitos que Te glorifiquem. Em nome de Jesus. Amém.

Pensamento para o dia: Que versículo da Escritura você vai orar hoje?

Meditação escrita por Andrew Rogers (Michigan, EUA)

Oremos pelas pessoas que atuam no ministério da música.

"Meu Deus,
me dê cinco anos.
Me dê um pé de fedegoso com formiga preta,
me dê um Natal e sua véspera,
o ressonar das pessoas no quartinho.
Me dê a negrinha Fia pra eu brincar,
me dê uma noite pra eu dormir com minha mãe.
Me dê minha mãe, alegria sã e medo remediável,
me dá a mão, me cura de ser grande.
Ó meu Deus, meu pai,
meu pai."

Sei que Deus mora em mim
como sua melhor casa.
sou sua paisagem,
sua retorta alquímica
e para sua alegria
seus dois olhos.
Mas esta letra é minha.
(Oráculos de Maio, p.73.)

10 de fevereiro de 2010



Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral, dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E, se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca, e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que lhes passava a manta e azulava às de vila-diogo. Os mais idosos depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas de altéia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas, e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água.

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A meu amado secreto, Castro Alves.
Quantas loucuras fiz por teu amor, Antônio.
Vê estas olheiras dramáticas,
este poema roubado:
"o cinamomo floresce
em frente ao teu postigo.
Cada flor murcha que desce,
morro de sonhar contigo".
Ó bardo, eu estou tão fraca
e teu cabelo tão é negro,
eu vivo tão perturbada, pensando com tanta força
meu pensamento de amor,
que já nem sinto mais fome,
o sono fugiu de mim. Me dão mingaus,
caldos quentes, me dão prudentes conselhos,
eu quero é a ponta sedosa do teu bigode atrevido,
a tua boca de brasa, Antônio, as nossas vias ligadas.
Antônio lindo, meu bem,
ó meu amor adorado,
Antônio, Antônio.
Para sempre tua.

9 de fevereiro de 2010




Meditação: … onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. (Lucas 12:34)

Pensamento: Nossa verdadeira riqueza é o que investimos na eternidade.

Leitura: Lucas 12:13-21.

Mensagem:
Rico em Deus

            Acompanho as flutuações do mercado de ações e reflito sobre os efeitos do medo e cobiça. Um personagem de um filme dos anos 80 tinha esta filosofia. “A ganância, por falta de uma palavra melhor, é boa. Ser ganancioso é certo! A ganância funciona! […] a ganância [vai] salvar […] a América!” Que pensamento tolo!
            Lembro-me daquela ocasião em que um homem pediu a Jesus que atuasse como mediador e fizesse seu irmão dividir a herança. Jesus recusou-se a atender ao pedido, mas foi além, fez um ato de bondade ainda maior pelo homem. Ele revelou a motivação por trás da solicitação do homem e suas consequências: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15).
            Jesus então contou uma parábola sobre um homem que teve uma colheita abundante e começou a fazer planos para aumentar a sua riqueza e desfrutar dela. Jesus concluiu: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lucas 12:20-21).
            O problema da cobiça é que no final das contas nossos bens se vão. Pior ainda – nós partimos. É melhor guardarmos tesouros no céu, investir em riquezas espirituais e nos tornarmos “ricos em Deus”.

FONTE:
David H. Roper
Nosso Andar Diário – Ministério RBC



Existem duas dores de amor
A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel.
A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.
A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,
a dor de virar desimportante para o ser amado.
Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos.
A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa.
Dói também...
Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.
Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.
É que, sem se darem conta, não querem se desprender.
Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança de uma época bonita que foi vivida...
Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega.
Faz parte de nós.
Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.
É uma dor mais amena, quase imperceptível.
Talvez, por isso, costuma durar mais do que a 'dor-de-cotovelo' propriamente dita.
É uma dor que nos confunde.
Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.
A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: "Eu amo, logo existo".
Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.
É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...
E só então a gente poderá amar, de novo. 

Martha Medeiros


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Carlos Drummond de Andrade - Antigamente

Todo blogueiro(a) passa por isso. Chega uma hora que parece que as ideias fogem.Outra vez a vontade não vem. Vi essa tirinha e ofereço aos amigos @luanfr e @Teilor Amigos, vocês não estão sozinhos!


Para que entendam vejam as seguintes conversas no twitter...

@Teilor -Escrever é (quase) sempre bom, então vou fazer isso mesmo que ninguém leia o que eu escrevo

@luanfr Vou escrever. Preciso de 3 posts diferentes prontos hoje. D:

@luanfrVou sair. Amanhã tenho aula cedo e preciso terminar um post. D:


É...ser blogueiro não é fácil. Ser problogger então...


Fonte:www.nadaaver.com


A capacidade de sonhar sempre foi o grande segredo daqueles que mudaram o mundo. Os sonhos alimentam a alma e dão asas a inteligência. É no solo fértil da memória onde semeamos os sonhos que farão grande diferença em nossa existência.
Os sonhadores mudaram a história da humanidade. Eles fizeram da derrota, o pódio para a vitória; das críticas, o palco, de onde receberam os aplausos.
O Mestre dos mestres foi o mais ousado dos sonhadores. Ele fez de homens simples e iletrados, arquitetos da vida. A estes, vendeu o sonho de um reino justo, em um mundo de injustiça, de liberdade em uma terra de escravidão, de vida eterna em um território onde imperava a morte, de felicidade em um país onde reinava o ódio.
Jesus Cristo tirou aqueles homens da platéia e os introduzir no palco da vida. Fez deles autores de sua própria história. Ao encantá-los com suas palavras e surpreendê-los com suas atitudes, ele tocou o inconsciente dos seus discípulos, reeditou novas janelas em sua memória e abalou os fundamentos da psicologia.
Abraham Lincoln superou os seus fracassos porque exerceu o direito de sonhar. Enquanto falia nos negócios, e consecutivamente era derrotado na política, soube mais do que ninguém exercer a liderança do eu. Estava convicto de que contra traumas e frustrações que a vida nos impõe, o melhor remédio, é uma alma controlada por um grande sonho.
Embora o décimo sexto presidente dos EUA tenha tido mais derrotas do que vitórias em sua vida pública, do ponto de vista da psicologia foi o grande vencedor em todas as disputas. Ele venceu o preconceito com criatividade, as suas inseguranças com motivação, os seus medos com ousadia. Mas acima de tudo, foi sempre consciente que o destino é uma questão de escolha, não uma fatalidade, por isso, optou por continuar sonhando.
A discriminação, o preconceito, o racismo e a indiferença, foram porções que coube a outro sonhador: Martin Luther King. No entanto ele teve a capacidade de criticar a violência exercida contra os negros do seu país. E assim, reeditou sobre os traumas arquivados em sua memória, os sonhos que mudaria as gerações subseqüentes.
O autor da teoria da Inteligência Multifocal foi sem dúvida um sonhador. E como todos os outros, encontrou muitos desafios pelo cominho. Depois de 19 anos escrevendo sobre o processo como os pensamentos são construídos viu sua tese ser rejeitada por muitos e incompreendidas até mesmo por especialistas ligados às ciências humanas.
Não obstante a isto, Augusto Cury não se deixou vencer. Resolveu provar suas teses a luz de um personagem histórico. Escreveu uma coleção onde analisa a inteligência de Cristo. Foi incrível, com este ato ele democratizou a ciência, popularizou suas teses e surpreendeu o mundo ao entrar em uma área, até então, completamente dominada pela teologia.
Se pensar é o destino do ser humano, continuar sonhando é o seu grande desafio. E isto, é lógico, implica em trajetórias com riscos, em vitórias, com muitas lutas, e não poucos obstáculos pelo caminho. Apesar de tudo, seja ousado. Liberte sua criatividade. E NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS, pois eles transformarão sua vida em uma grande aventura.
Crianças não são mais como antigamente, que não questionavam nada. Agora,pelo contrário, já saem da barriga da mãe como se perguntassem:E aí? Qual é? Qual foi? Vejam uma conversa de duas crianças da atualidade...

Conversa de Crianças da Atualidade
-E aí, véio?
- Beleza, cara?
- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas..
- Quer conversar sobre isso?
- É a minha mãe.. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?
- Como assim?
- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?
- Nunca.
- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi passear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?
- Sabe a sua vizinha ali dacasa amarela? Minha mãe diz que ela tem uma hortinha no fundo do quintal. Planta vários legumes. Será que sua mãe não quis dizer que seu pai deu um pulo por lá?
- Hmmmm. pode ser. Mas o que será que ele foi fazer lá? VIXE! Será que meu pai tem um caso com a vizinha?
- Como assim, véio?
-Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!
- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.
- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.
- Tipo oquê?
- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Puta maldade, meu! Vê se isso é coisaque se faça com o bichano!
- Caramba! Mas por que ela fez isso?
- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.
- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.
- E sabe a Francisca ali da esquina?
- A Dona Chica? Sei sim.
- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.
- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.
- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe, né? Ela me contou isso de boa, cantando, sabe? Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.
- Nossa,véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.
- Mas é ruim saber que ocasamento deles é essa zona, né? Que meu pai sai com a vizinha e tal. Apesar que eu acho que ele também leva uns chifres, sabe? Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele poder passar desfilando e tal.
- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.
- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo veio me falar que a vizinha cria perereca em gaiola, cara. Vê se pode? Só tem louco nessa rua.
- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?
- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito. 

(Desconheço a autoria)
Mulher andando nua pela casa
Envolve a gente de tamanha paz.
Não é nudez datada, provocante.
É um andar vestida de nudez,
Inocência de irmã e copo d'água.
O corpo nem sequer é percebido
pelo ritmo que o leva.
Transmitam curvas em estado de pureza,
dando este nome à vida: castidade.
Pêlos que fascinavam não perturbam.
Seios, nádegas (tácito armistício)
Repousam de guerra. Também eu repouso.
Em alguns momentos, eu o decepcionarei,
em outros você me frustrará
Mas, se tivermos coragem
para reconhecer nossos erros
Habilidade para sonharmos juntos
e capacidade para chorarmos
E recomeçarmos tudo de novo
tantas vezes quantas forem necessárias
Então nosso amor será imortal...


[Augusto Cury]
Cada momento com você
Cada momento com você é eterno,
Pois ele fica em meus pensamentos.
Cada momento com você me faz amá-lo ainda mais,
E eu me perco em pensamentos,
Buscando no espaço e no silêncio,
Uma palavra, uma frase apenas,
Que possa descrever cada momento com você,
Mas nem todas as palavras seriam capazes de expressar e de dizer o quanto cada momento com você é importante para mim... E o quanto “Eu te amo!”.Cada momento com você é uma parte de minha vida, é uma parte de mim;
Cada momento com você...
É inesquecível cada gesto seu, cada frase acende a chama de meu coração;
Cada momento com você reforça em mim, a esperança de poder “ter você só para mim...”.
Pois eu acredito que o amor tudo vence, e ele certamente vencerá as barreiras que nos separam agora;
Cada momento com você é terno, é singelo como a beleza da flor;
Cada momento com você me emociona pelo seu jeito de ser, por se fazer cativar.
Cada momento com você...
Faz-me viver este amor tão bonito;
Cada momento com você...
É infinito e está guardado no meu coração, como um segredo “seu e meu”, um mistério, um enigma, que só nós mesmos conhecemos e sabemos desvendar;
Seu momento passa a ser o meu momento, pois você está em mim...
Cada momento com você...
Une o meu pensamento ao seu, onde não precisamos dizer nada, apenas sentir;
E eu me realizo em cada momento que estou com você!
Quando me acontecer alguma pecúnia, passante de um milhão de cruzeiros, compro uma ilha; não muito longe do litoral, que o litoral faz falta; nem tão perto, também, que de lá possa eu aspirar a fumaça e a graxa do porto. Minha ilha (e só de a imaginar já me considero seu habitante) ficará no justo ponto de latitude e longitude, que, pondo-me a coberto de ventos, sereias e pestes, nem me afaste demasiado dos homens nem me obrigue a praticá-los diuturnamente.  Porque esta é a ciência e, direi, a arte do bem-viver; uma fuga relativa, e uma não muito estouvada confraternização.
De há muito sonho esta ilha, se é que não a sonhei sempre. Se é que a não sonhamos sempre, inclusive os mais agudos participantes. Objetais-me:  “Como podemos amar as ilhas, se buscamos o centro mesmo da ação?”  Engajados, vosso engajamento é a vossa ilha, dissimulada e transportável. Por onde fordes, ela irá convosco. Significa a evasão daquilo para que toda alma necessariamente tende, ou seja, a gratuidade dos gestos naturais, o cultivo das formas espontâneas, o gosto de ser um com os bichos, as espécies vegetais, os fenômenos atmosféricos. Substitui, sem anular.