Língua Portuguesa.Exercícios de português.Exercícios de Gramática.Literatura Brasileira.Interpretação de Texto.Resumos de literatura

25 de junho de 2010

Dizer Não é essencial para encarar a vida

Contrariedades e adversidades ajudam a fortalecer personalidade e, por isso, devem ser encaradas para o amadurecimento
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCznzZiIk2zKeMYNtE3X25l_zJGrLwCP1uk-flRtpOGOsHXtHFJLsvh0zSLqPwsmsM7YhIHtrWbWUjrHI8PBjyndp2gkiasp7s_DquviPqJHPRWx5uC94OHtvSkuUPrYfE_C11zKe4Rp0E/s1600/Snoopy1951005.gif
Símbolo de todas as frustrações humanas condensadas em apenas um personagem, o cabeçudo Charlie Brown, dono do cachorro Snoopy, do desenho animado de Charles Schulz, é a maior vítima das contrariedades da vida. Este é apenas um dos bons exemplos que serve como objeto, entre tantos, para a discussão da relação fundamental entre as contrariedades e o crescimento pessoal. Quem assistiu ao menos um episódio, ou acompanhou o roteiro nos quadrinhos, sabe que o garoto é um fiasco em todos os esportes e brincadeiras (venceu apenas uma partida de beisebol em toda história do desenho), ao ponto de ser o único a não conseguir fazer voar uma pipa. Num campeonato de soletrar, na palavra mais fácil, ele errou. A única corrida que venceu, não levou o prêmio prometido - duas entradas para o boliche -, foi obrigado a se contentar com um corte de cabelo, mesmo sendo careca.
Sonhador, ‘Minduim’, como é chamado pelos amigos, tenta de tudo, mas nada dá certo. Seu grande e platônico amor, a “Garotinha Ruiva”, ignora sua existência. Impopular na escola, ele foi o único a não receber sequer um cartão na brincadeira do Dia dos Namorados.
Diante de tanta negação na infância, nosso amigo Charlie Brown teria todos os atributos para se tornar um adulto melancólico e carregado de derrotismo, correto? Não é bem assim. Respostas negativas nem sempre servem para arrasar uma pessoa por toda a eternidade. Muito pelo contrário.
O “não”, atestam psicólogos e educadores, é importante aliado para o crescimento pessoal, com desenvolvimento do caráter e, principalmente, jogo de cintura necessário para enfrentar as reviravoltas e frustrações que naturalmente fazem parte da própria vida.
Esses reflexos positivos da negação são abordados pela psicóloga curitibana Mariliz Vargas no livro “A Sabedoria do Não” (editora Rosea Nigra, 132 páginas), que dá à contrariedade, principalmente na infância, status de essencial agente de evolução. Os efeitos
“O ‘não’ é garantia do caminhar para estarmos melhor. Privar a criança do ‘não’ é investir no enfraquecimento, ela vai involuir”, afirma a psicóloga, cuja linha de trabalho, denominada “A Essência do Ser”, tem na espiritualidade uma das principais vertentes. “Nossa linha de trabalho é alternativa”, conceitua.
Segundo ela, a própria sociedade se encarrega de driblar as negações, fato que, alerta, pode afetar as pessoas até mesmo fisicamente. “O ‘não’ cuida de desenvolver a coragem para enfrentarmos a realidade. Se a pessoa foge disso, ela vai adoecendo, perdendo energia, acaba brigando com a vida, o que pode desencadear doenças físicas ou problemas emocionais, como a depressão, transtorno bipolar e síndrome do pânico”, enumera a psicóloga.
Por outro lado, negar também não é tarefa das mais fáceis e muitos simplesmente não conseguem impor limites ou restrições a terceiros. “É uma fraqueza também”, diagnostica a autora do livro, lançado no final do ano passado. “É preciso dizer ‘não’ à necessidade de agradar a todos”, ensina. “O ‘não’ vem para que o ser humano esteja forte para suportar o desagradável. Não existe felicidade sem força”, afirma. “O ‘não’ é um aliado, assim como a dor”, relaciona a autora, que, além de frequentes participações nas TVs e rádios do Paraná, publica orientações no blog www.marilizvargas.com.br. Fonte: http://www.jcnet.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário