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3 de fevereiro de 2010

Monteiro Lobato - A coruja e a águia

A coruja e a águia , depois de muita briga , resolveram fazer as pazes.
__ Basta de guerra, disse a coruja. O mundo é grande, e tolice maior que o mundo é andarmos a comer os filhotes uma da outra.
__ Perfeitamente, respondeu a águia. Também não quero outra coisa.
__ Nesse caso, combinamos isto: de agora em diante, não comerás nunca os meus filhotes.
__ Muito bem. Mas como posso distinguir os teus filhotes?
__ Coisa fácil. Sempre que encontrares uns borrachos lindos, bem feitinhos de corpo, alegres, cheios de uma graça especial que não existe em filhote de nenhuma outra ave, já sabes que são os meus.
__ Está feito! Concluiu a águia.
Dias depois, andando à caça, a águia encontrou um ninho de três mostrengos, que piavam de bico aberto.
__ Horríveis bichos! Disse ela. Vê-se logo que não são os filhotes da coruja.
E comeu-os. Mas eram os filhos da coruja. Ao regressar à toca, a triste mãe chorou amargamente o desastre e foi ajustar contas com a rainha das aves.
__Quê?! Disse a águia admirada. Eram teus filhotes aqueles monstrenguinhos? Pois olha, não se pareciam nada com o retrato que deles fizeste...

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