Um filme de 30 segundos desenvolvido a partir de uma obra do poeta e pesquisador Oliveira Silveira (1941-2009) foi a homenagem da Caixa aos seus 14 mil funcionários afrodescendentes pelo Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro. A mensagem foi criada pela agência de publicidade NovaS/B e começou a partir de ontem a ser veiculada em todo o País.
Na comercial, um narrador declama em "off" o poema Encontrei minhas origens (leia a íntegra do poema abaixo), que conta a história dos negros na nossa nação, bem como sua trajetória rumo ao encontro de uma vida brasileira e de uma identidade nacional. A direção é do cineasta Heitor Dhalia (O cheiro do ralo e À deriva).
O diretor de criação da NovaS/B, Antonio Batista, informa que a idéia do filme foi "mostrar o negro como agente de sua libertação", e não como beneficiário da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. "A liberdade do negro não foi doada, mas sim conquistada. O filme é afirmativo e mostra o orgulho do negro por suas origens", enfatiza, em comunicado ao Portal da Propaganda.
Um homem negro de pés descalços, numa praia, olha o mar na primeira cena do filme, quando o locutor dá início à declamação do poema. Nas seqüências seguintes, ao som de tambores e cantos africanos, são mostrados homens negros e símbolos da suas trajetórias no País, como o mar que os trouxe da África, fotos e documentos que remontam suas histórias, os objetos de tortura à qual foram submetidos.
Os cantos se suavizam quando um personagem rompe a corrente que prendia seus punhos e impedia sua liberdade. A idéia de força, tradição e orgulho dos negros "explode" no filme. A narração prossegue, ilustrada, então, por imagens de alegria, dança, capoeira, tambores e belos personagens de pele negra sorrindo e cantando.
O narrador termina o poema, de forma entusiasmada, com a frase "Encontrei; encontrei-as enfim; encontrei-me" e, por último, revela sua identidade: "Sou Délio Martins, um dos 14 mil empregados afrodescendentes da Caixa".
Segundo o diretor de criação Batista, a homenagem aos funcionários afrodescendentes está alinhada à postura da Caixa de estar sempre atenta à diversidade em todas as suas nuances: religiosa, cultural, étnica e de gênero.
Na comercial, um narrador declama em "off" o poema Encontrei minhas origens (leia a íntegra do poema abaixo), que conta a história dos negros na nossa nação, bem como sua trajetória rumo ao encontro de uma vida brasileira e de uma identidade nacional. A direção é do cineasta Heitor Dhalia (O cheiro do ralo e À deriva).
O diretor de criação da NovaS/B, Antonio Batista, informa que a idéia do filme foi "mostrar o negro como agente de sua libertação", e não como beneficiário da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. "A liberdade do negro não foi doada, mas sim conquistada. O filme é afirmativo e mostra o orgulho do negro por suas origens", enfatiza, em comunicado ao Portal da Propaganda.
Um homem negro de pés descalços, numa praia, olha o mar na primeira cena do filme, quando o locutor dá início à declamação do poema. Nas seqüências seguintes, ao som de tambores e cantos africanos, são mostrados homens negros e símbolos da suas trajetórias no País, como o mar que os trouxe da África, fotos e documentos que remontam suas histórias, os objetos de tortura à qual foram submetidos.
Os cantos se suavizam quando um personagem rompe a corrente que prendia seus punhos e impedia sua liberdade. A idéia de força, tradição e orgulho dos negros "explode" no filme. A narração prossegue, ilustrada, então, por imagens de alegria, dança, capoeira, tambores e belos personagens de pele negra sorrindo e cantando.
O narrador termina o poema, de forma entusiasmada, com a frase "Encontrei; encontrei-as enfim; encontrei-me" e, por último, revela sua identidade: "Sou Délio Martins, um dos 14 mil empregados afrodescendentes da Caixa".
Segundo o diretor de criação Batista, a homenagem aos funcionários afrodescendentes está alinhada à postura da Caixa de estar sempre atenta à diversidade em todas as suas nuances: religiosa, cultural, étnica e de gênero.
Encontrei minhas origens
Oliveira Silveira (*)
Encontrei minhas origens
Em velhos arquivos
Livros
Encontrei
Em malditos objetos
Troncos e grilhetas
Encontrei minhas origens
No leste
No mar em imundos tumbeiros
Encontrei
Em doces palavras
Cantos
Em furiosos tambores
Ritos
Encontrei minhas origens
Na cor de minha pele
Nos lanhos de minha alma
Em mim
Em minha gente escura
Em meus heróis altivos
Encontrei
Encontrei-as, enfim
Me encontrei.
(*) O professor, poeta e pesquisador gaúcho Oliveira Ferreira da Silveira foi o idealizador do Dia da Consciência Negra.
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