Cientistas descobriram uma antiga baleia cuja mordida arrancava pedaços de outras baleias há 12 milhões de anos, e deram-lhe um nome em homenagem ao autor de Moby Dick.
Ao lado a Ilustração que mostra o cachalote Leviathan melvillei em ação
O cachalote pré-histórico crescia até atingir 13 ou 18 metros de comprimento, o que não é incomum para as baleias modernas. Mas, diferentemente dos cachalotes atuais, o Leviathan melvillei, que recebeu o nome em homenagem ao escritor Herman Melville, tinha dentes semelhantes a presas, com 36 centímetros de comprimento.
A fera dos mares evidentemente se alimentava de outras baleias, dizem os pesquisadores na edição desta semana na revista Nature. Eles informam a descoberta de um crânio do cachalote no deserto do Peru.
Os cientistas batizaram a criatura em tributo ao escritor do século 19 e sua narrativa clássica de uma grande baleia branca. O romance é marcado por reflexões sobre história natural entremeadas à ação.
"Há um capítulo sobre fósseis", diz um dos autores do artigo na Nature, Olivier Lambert, do Museu de História Natural de Paris. "Melville menciona alguns dos fósseis que estudei para minha tese de doutorado".
O paleontólogo Anthony Friscia, que não tomou parte na descoberta, disse que dentes descobertos ao longo dos anos já indicavam a existência dessa baleia antiga, mas que, sem um crânio onde encaixá-los, as características ferais da criatura continuavam um mistério.
Fonte: G1
Fonte: G1
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