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26 de junho de 2010

De Anjos e perdas

Hoje de manhã, navegando pela net e pesquisando sobre a música Olha aí, é o meu guri, do Chico (olha a intimidade...) cheguei a este post, da Denise Rangel. O post me fez pensar, e, se eu a conhecesse, diria: nossa, que força nessas palavras, que Deus a abençoe mais ainda, sempre! Aliás, que Deus abençoe sempre mais ainda a todas as mulheres, porque o que passamos não é mole não. Somos tantas, não é mesmo? Mas do post, a última frase me marcou (que também é uma das primeiras...): E eu tenho a graça de ser mãe de um anjo…
http://www.illuminare.pro.br/filme_quando_os_anjos_falam.jpg
Daí recebi um email com links de filmes espirituais, e como sou apaixonada por Anjos, aproveitei a tarde para assistir Quando os Anjos falam. Confesso que, como boa pisciana, sou uma manteiga derretida, choro em filmes, novelas e animações. Mas esse filme...arrancou-me milhares de lágrimas, não pelo tema de vida após a morte. Mas pela profundeza e percepção de uma amizade. Pela demonstração do sentimento de perda e como as pessoas reagem de diferentes formas.
O que mais amo na linguagem e, principalmente, na Análise sintática, é justamente isso:as ideias que surgem a partir de uma frase, de uma interpretação. Os pensamentos que vão e vem em nossa mente.

Alguns travam, outros surtam, outros ignoram, outros preferem ficar calados, mas a perda está lá, e de alguma forma, você está reagindo a ela. O filme mostra que amigos existem para ouvir as dores dos outros amigos. Existem para falar de tudo quanto é assunto. Existem para dar risada e chorar junto. Amigos existem para estar de alguma forma juntos e nos auxiliar a sobreviver aos acontecimentos da vida.

Eu, em qualquer tipo de perda, me permito o tempo de luto (coisa da terapia). Sabe aquele tempo que você tem que ter para enterrar o acontecido, a decepção, o sonho perdido, para depois se reerguer e renascer? Esse! Pena que isso só funcione, e quando funciona, nas perdas pequenas (perda de emprego, perda de namorado, perda de um sonho desfeito, entre outras...) 

Mas, de todas as perdas, a pior é a da morte. A dor de não ver mais. De não poder abraçar, beijar, cheirar... E quando assisto a um filme, ou vejo pessoas dizendo da dor de perder um filho fico em pânico, porque eu não sei como eu sobreviveria. Choro só de pensar. Se com perdas pequenas, já fico tão abalada... Deus me livre... O amor a um filho é sagrado demais pra ser tão pequeno, para ter  tempo para um fim. Amor por um filho é incondicional. É eterno. É infinito. Ultrapassa todas as barreiras do tempo e da morte.

Eu acredito no amor que nunca morre. Acredito na perfeição divina. E acredito no reencontro de almas.E o filme diz basicamente isso: que não há horror na morte, que o corpo é como uma sala de aula que abandonamos para ir a outra onde encontraremos alegria. E é um alento imaginar que isso possa ser verdade. Não falo aqui de religião. Esse post não tem a pretensão de falar sobre o que se acredita ou não. Falo de beleza. Falo de vida com trilha sonora, onde alguém é o regente. Onde alguém está olhando e te amparando em seus problemas.


Falo ainda de dizer Eu te Amo para as pessoas enquanto podemos. No filme, uma das dores de uma criança é não poder ter dito à mãe que a amava. O pai diz: "ela sabia." Eu falo Eu te amo pra todo mundo que eu amo.Sou de levantar minha mãe no colo e dizer "te amo, mãezinha"! Falo Eu te Amo pros meus filhos, toda as horas, todos os dias. E me lembro que meus pais não eram assim comigo e na minha infãncia eu sempre me perguntava se eu era amada. As pessoas mais velhas não dizem tanto Eu te Amo, mas lavam sua roupa, fazem uma comida deliciosa pra você, cuidam de você ao extremo. Falam por atitudes, palavras, gestos, carinho... 

O filme me fez chorar muito, até pela imaginação de um mundo ao nosso redor cheio de anjos consoladores, mas me fez também ter uma calma maior ainda sobre meus atos. Durmo sempre tranquila quanto aos meus sentimentos, porque eu os digo, sempre. E isso é tão bom... 

Tão bom saber que faço sempre o que é possível para eu fazer por mim e por quem eu amo, em todo tipo de relacionamento. Falo tudo e depois respiro, suspiro e digo para mim mesma: "é isso! Fiz o que eu podia".

E você? Fala Eu te Amo? Faz tudo o que pode por quem você ama?

Assistam ao filme. Vale a pena!

"As preces são atendidas mas não do ponto de vista materialista".
"Não se lamente. Lamentar é sentir remorso pelo que não fizemos". 

Frases do filme:Quando os Anjos falam
 

Um comentário:

  1. Oi, Jô
    Como eu já te disse, a tua reflexão revela o teu sentir sobre as perdas "conhecidas". Minha visão é diferente porque vivencio a perda de fato. Deixa fluir o que sentes.
    beijo, menina

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