O que o Bairro Peixoto
Sabe de nós, e esqueceu!
Rua Anita Garibaldi
e Rua Siqueira Campos.
(Francisco Braga,
Décio Vilares
nos espiando,
fingem que não?)
O calçadão na pernumbra
andança que vai e volta
voltivai
a derivar para o túnel
em busca do hímen?
Volta:
banco de praça. Bambus.
Bambuzal de brisa em ais.
O bardo e a garota amavam-se
nas guerras da Dependência.
Seria brinco de amor
ou era somente brinco.
5 de Julho (fronteira
do reino escuro) à face
de casas desprevenidas
jogávamos nos jardins
e nas caixas de correio
volumes indesculpáveis
de alheias dedicatórias
pedacinhos.
Se salta o cachorro? Credo.
Saltam quinhentos mastins.
Ganem a traça
de amor sem regulamento.
Prende mata esfola queima.
Viu? É dentro de mim, é dentro
do bardo que estão ganindo.
Bobeira de bobo besta.
Passa de nove mil horas,
urge voltar ao sacrário
de virgem.
Só mais um tiquinho. Não.
Sou eu, rei sábio, que ordeno.
Ri. Rimos de mim. Ficamos
Dedos entrelaçados
e desejos geminados
no parque tão pueril.
Praça Edmundo, olá,
Bittencourt de berros brabos.
Se acaso nos visse aos beijos
babados, reincidentes,
protestava no jornal?
Menina mais sem juízo
rindo riso sem motivo
no jogo de diminutivos,
sabe o que estamos fazendo?
Amor.
Não é nada disso. Apenas
primícias cálidas. Calo-me.
Viajar nos seios. Embaixo.
Por trás.
Se vou mais longe, quem vai
Me segurar?
Se fico por aqui mesmo,
quem vem
me resserenar?
Passo vinte vinte anos depois
no mesmo Bairro Peixoto.
Ele que a tudo assistia,
nada lembra, no sol posto,
deste episódio canhoto.
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