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5 de julho de 2010

O Mesmo

 
 
O Mesmo
 

  O mesmo Teucro duce et auspice Teucro 
  É sempre cras — amanhã — que nos faremos ao mar.    
  Sossega, coração inútil, sossega! 
  Sossega, porque nada há que esperar, 
  E por isso nada que desesperar também... 
  Sossega... Por cima do muro da quinta 
  Sobe longínquo o olival alheio. 
  Assim na infância vi outro que não era este: 
  Não sei se foram os mesmos olhos da mesma alma que o viram. 
  Adiamos tudo, até que a morte chegue. 
  Adiamos tudo e o entendimento de tudo, 
  Com um cansaço antecipado de tudo, 
  Com uma saudade prognóstica e vazia.
 

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