Embora o nível de escolaridade seja a principal via de saída da pobreza, as famílias brasileiras não priorizam a educação nos seus gastos. A constatação é da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) divulgada nesta quarta-feira (23/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela que quanto mais anos de estudo tinha a pessoa de referência da família, maiores eram as despesas médidas mensais. No entanto, os gastos familiares revelam a falta de prioridade justamente para a educação. Enquantos os gastos com educação não ultrapassam dos 3% do total das famílias, sendo ainda pior na zona rural: 1,3%.
Segundo a POF 2008/ 2009, a família brasileira gastava, em média, R$ 2.626,31 por mês. As do Sudeste são as que gastam mais (R$ 3.135,80), perto do dobro do valor médio dos gastos mensais do Nordeste, onde as famílias gastam menos (R$ 1.700,00). De acordo com a POF 2008-2009, as despesas de consumo são o mais importante componente das despesas das famílias e representam 81,3% do total (ou R$ 2 134,77) nacional. O valor médio das despesas de consumo na área rural (R$ 1.220,14) correspondeu a 57,2% da média nacional e a 53% da urbana (R$ 2.303,56).
Uma outra situação revelada pelo IBGE, é que as famílias gastam tanto com transporte quanto com alimentação.O gasto médio com alimentação no país é de R$ 421,72, ou 16,1% dos gastos totais, enquanto o desembolso para o transporte atingiu R$ 419,19, ou 16% do total.
Entre as unidades da federação, o Distrito Federal tinha a maior despesa média total, R$ 3.963,99, cerca de 50,9% acima da média nacional (R$ 2.626,31). Em seguida, vinham Santa Catarina (R$ 3.509,58) e Rio de Janeiro (R$ 3.386,78). Alagoas (R$ 1.223,94), Ceará (R$ 1.431,96) e Maranhão (R$ 1.466,96) tinham as menores despesas.
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