Língua Portuguesa.Exercícios de português.Exercícios de Gramática.Literatura Brasileira.Interpretação de Texto.Resumos de literatura

7 de fevereiro de 2010

A droga é uma droga

Há quem ache que a vida é uma droga, por isso toma umas substâncias que fazem muito mal ao corpo e ao espírito. Às vezes essas substâncias são usadas para curar alguma doença. Se o remédio não for tomado direitinho, pode fazer mais mal do que bem.

Substâncias como as bebidas alcoólicas — a cerveja, o uísque, o vinho — deixam as pessoas mais alegres, mais tristes, ou mais agressivas. Tanto é que muita gente bate o carro quando está dirigindo bêbada. Muitos pais batem nos filhos depois de tomar umas e outras no bar da esquina. O alcoolismo é uma doença séria, ataca muito mais gente do que se imagina.

Todo mundo sente alguma vez na vida uma aflição que não sabe de onde vem, como se estivesse só no mundo ou se o cachorrinho pudesse desaparecer a qualquer momento.

Cada um tem um jeito de aliviar esse mal-estar: dorme muito, compra muitas coisas, fica quieto num canto, sai para a farra todo dia. Alguns correm atrás dos psicodélicos, drogas que fazem pensar que tudo mudou para melhor, quando, na verdade, tudo continua como estava. Esses psicodélicos mudam o jeito de o organismo funcionar, como se alguém colocasse uma grande pedra no meio de um rio e de repente formasse uma cachoeira.

Tudo parece muito bem até que a pedra sai de dentro do rio — lá não é o lugar dela — e acaba a cachoeira. O rio vai criando um buraco no lugar da pedra, cada vez maior, cada vez maior, e encontrar a pedra fica cada vez mais difícil.

Drogas são caras; e dinheiro, você sabe que não é coisa fácil de conseguir. O que parecia bom vai ficando ruim, o corpo fica doente, a cabeça não consegue pensar direito. Por isso que a maconha, o crack, o LSD e tantas outras drogas psicotrópicas maltratam tanto os seres humanos.

Muitas vezes, o garoto vai atrás da droga só para fazer bonito para os amigos. Quer provar que sabe das coisas. Só que lá adiante, na curva do rio, vai ver que não sabe coisa nenhuma.

“Correio da Galera”

P.s.: Suplemento do jornal Correio Brasiliense, Brasília, 1996

Nenhum comentário:

Postar um comentário