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9 de dezembro de 2009

"A colcha de retalhos" de Nye Ribeiro Silva



Nos finais de semana, Felipe vai para a casa da vovó.
Vovó sabe fazer bolo de chocolate, brigadeiro, bala de coco, pão de queijo... enfim, sabe fazer tudo que Felipe gosta.
Vovó sabe contar histórias como ninguém! Coloca os óculos, faz uma cara engraçada, fala bem fininho e fraquinho, depois bem grosso e forte, imitando a voz dos personagens das histórias.
Um dia, Felipe encontrou uma porção de pedaços de tecidos espalhados pelo chão, perto da máquina de costura onde vovó estava trabalhando.
Vovó explicou que os tecidos eram retalhos das costuras que fazia e que iria fazer uma colcha de retalhos.
Felipe resolveu ajudar e separou os retalhos: os de bolinha, os de listrinha, os de florzinha, de lua e estrela, xadrez, listrado...
Cada pedaço de tecido trazia uma lembrança. O pijama listrado de Felipe, a camisa xadrez do papai, o vestido da mamãe e a roupa de vovó Maria que já estava lá no céu junto com o vovô Luiz.
Vovó começou a chorar sentindo saudade de quem já foi embora. Felipe não entendeu o motivo do choro e ela tentou lhe explicar o que é saudade.
Não adiantou, ele não entendeu. Na verdade a gente só entende as coisas que já experimentou; um dia Felipe entenderia.
Depois de algum tempo, Felipe chegou da escola, entrou correndo em seu quarto e viu a linda colcha esticada sobre sua cama. Cada retalho tinha uma história. Deitado sobre a colcha, ele passou algum tempo lembrando de uma porção de histórias.
De repente, Felipe começou a sentir uma coisa estranha dentro do peito que ia aumentando, aumentando...
Felipe foi correndo para a casa da vovó, abraçou-a bem forte e cochichou bem baixinho no seu ouvido:
— Preciso te contar um segredo: eu acho que já entendi... agora eu já sei o que é saudade!


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3 comentários:

  1. Oi, vc sabe quem é o(a) autor(a) deste poema?

    Estou fazendo uma colcha de retalhos
    E cada pedacinho de pano
    Conta um pouquinho de mim, da minha história
    Mostro fotos de meus queridos,
    Coisas engraçadas que vivi
    Pensamentos que cultivo ao longo de minha jornada
    Frases que tirei dos muitos livros que li
    As fases boas, as não tão boas assim,
    Mas que de certa forma ajudaram na minha construção
    Mudanças de ciclo, pessoas que se foram
    Enfim...minha vida em uma colcha de retalhos

    Minha vida não é assim nenhum best-seller
    Mas é minha... é única e intransferível
    E assim um dia meus netos, bisnetos, tataranetos
    conhecerão um pouquinho de mim
    Quem sabe eles consigam decifrar coisas nesses pedacinhos de pano
    Que não consegui entender dentro de mim
    Quem sabe não fazem uma boa leitura
    E eu possa ser reconstruída, reinventada...
    Quem sabe refazendo partes dos retalhos que não ficaram tão bonitos
    Ou até trocando algumas partes
    Mas ainda que isso aconteça meus retalhos jamais serão distorcidos
    Remendados
    Porque são meus
    E nem o tempo pode destruir porque não foram rascunhos
    Está ficando colorida, bem diversificada
    Tem um pedaço que tem cor de infância, pureza
    Tem também uma cor de juventude, grandes amores
    Mas tem uma parte com uma cor um pouco escura
    Mas que é totalmente esquecida por várias outras cores que se
    misturam
    Se combinam e se completam
    Vou deixar uma barrinha
    Para que filhos netos e seus descendentes possam dar continuidade
    No final quero que cada um coloque sua cor
    E a quero cada vez mais colorida
    Colorida de vida, de aprendizado, de alegrias e tristezas
    Pois assim é nossa vida
    Uma grande colcha de retalhos!

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  2. A autoria do poema é de Nye Ribeiro Silva

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  3. Não acho a poesia dela que eu quero, ela se chama: Que mentira! da nye Ribeiro!
    ME AJUDEM!

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